quarta-feira, 11 de junho de 2014

É HORA DE DEIXAR A MENINADA SONHAR



Flamengo em férias, período chato…

É hora de copa do mundo, pois bem…
Lembro-me  molequinho quando a Holanda de Cruyff,  mostro de jogador, desclassificou o Brasil em 1974. 
E porque não dizer da alegria do velho Nonô ao comprar a primeira TV colorida da família para ver a copa de 78.  

 E o mundial  de 82?  Caramba, esse foi o mais marcante, um sonho…  
Futebol arte, euforia incontida, êxtase a cada partida e depois o abismo, a dor abissal com aquela derrota para a Itália.
Depois veio 86…  Poxa, como corei naquele pênalti perdido pelo Zico.


 Não dá para negar, todas as copas têm um lugar guardado no meu coração e na minha alma.  Pensava em como seria fantástico vê-la um dia no Brasil. Ah, como pensava… Mas agora ela está aqui e tudo parece estranho, um sentimento mórbido, uma  total indiferença.
O fato é que Infelizmente tudo mudou,  aquela imantada camisa amarela não exerce o mesmo fascínio. Fica a impressão que o brasileiro não a sente perto,  também  pudera, a  maioria dos atletas joga no exterior, principalmente no Continente  Europeu.  Estão longe.


O que era CBD agora é CBF. Há muito deixou de ser confederação, virou um banco de negócios, com plenos poderes,  agindo de forma vil e  tirana.
 O descontentamento do povo com a política também contribui, pois afinal, são Dilmas, Lulas, Teixeiras e Marins que estão por aí, ditando as regras, alimentando  suas contas bancárias e formando suas máfias. 

“A Copa virou coPTa e os jogadores deixaram de ser ídolos para se tornarem ‘deuses”, celebridades…    Contratos milionários, desfilam com mulheres de aluguel, roupas e carrões de luxo, ostentam riquezas … mas  o    futebol  - o mais importante…. fica em segundo plano

 Há muito perdemos  o lirismo, a alegria de jogar.


Que dilema, ando pela cidade e vejo grande  mobilização  e aqui em casa minha caçula toda empolgada com a copa, enfeitando as ruas com as amigas , feliz com a festa que está por vir.
E o que dizer a ela?

Como contar que sou um pai sem um pingo de excitação, incapaz de vibrar pela seleção brasileira.
Como vou tirar da menina a mesma cumplicidade, alegrias e tristezas que meu pai compartilhou comigo?


Não!
 Decididamente ela é muito jovem para entender  o porquê  de tamanho  descontentamento. Claro que  não compreenderá o descomprometimento dos jogadores,  seus risos e danças fabricadas. Um dia a explicarei que jogar pela seleção não é assim, é muito diferente.   

Sou do tempo que dedicação, amor à camisa e ao país estavam acima de tudo.
Nós, adultos,  temos obrigação de entender isso, mas eles  não, são adolescentes vivem e se alimentam de  sonhos.  Essa gurizada precisa da fantasia e não sou eu quem vai tirar isso deles, não eu.


Confesso que vou ter que me reinventar, fingir que o teatro é real.  Na verdade não tenho coragem de torcer contra o meu país, por mais que tudo esteja errado. 

Sabem, vou deixar a onda me levar. Às favas com minhas convicções e antipatias. Preciso cultivar sonhos de  gente  que ainda precisa sonhar, assim como meu coroa cultivou os meus. 

Um dia eles vão acordar e verão, assim como eu, que o sonho é realidade, é frio e  não mais  lindo e “verde amarelo” como  a mídia  tenta passar, mas aí, já é  assunto para uma outra Copa…




Sorria, você é rubro-negro!


IMPRENSA VENDIDA PRA SP

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