Bom dia, queridos
FLAETERNOS, como "técnico" é o assunto da moda, resolvi homenagear o
cidadão Luiz Carlos Nunes da Silva, um personagem importantíssimo na história
do nosso querido FLAMENGO
Nascido em
19 de novembro de 1937, no Rio de Janeiro, Carlinhos dedicou toda a sua
carreira de jogador profissional ao Clube do seu (nosso) coração. Era um
jogador de toque requintado, de uma categoria, com a bola nos pés que poucos
tinham. Já no final da carreira, apresentava problemas respiratórios e não
tinha a mesma capacidade do início e meio da carreira, sem perder a classe de
grande jogador que era.
Como
jogador, defendeu o Flamengo de 1958 a 1969 e conquistou o Torneio Início do
Campeonato Carioca (1959), o Torneio Rio-São Paulo (1961) e os Campeonatos
Cariocas de 1963 e 1965.
Como
treinador do FLAMENGO, o "Violino" foi bicampeão brasileiro,
conquistando os títulos de 1987, com Zico comandando o time e em 1992, sob a batuta
do maestro Júnior. Venceu também três Campeonatos Cariocas (1991, 1999 e 2000),
duas Taças Guanabara (1988 e 1999), duas Taças Rios (1991 e 2000) e a extinta
Copa Mercosul de 1999.
Logo no
início da carreira, recebeu do jogador BIGUÁ, suas chuteiras, pois àquela
época, estava encerrando sua carreira de jogador.
Como jogador
do MAIS QUERIDO, Carlinhos disputou 517 partidas e como técnico, 313,
totalizando 830 jogos defendendo o MENGÃO, dentro e fora dos gramados, um
recorde difícil de ser batido.
Um dos
grandes momentos de Carlinhos, como jogador, foi o Fla-Flu decisivo do
campeonato de 1963, quando liderou o
time no empate de 0x0 que deu o título ao FLAMENGO. Naquele jogo, no dia 15 de
dezembro, registrou-se o maior público entre dois clubes no futebol brasileiro:
177.020 torcedores, fora os não pagantes. Nessa partida 16.947 espectadores não
pagaram ingresso, e lá estávamos eu e o meu querido e saudoso pai, que me ensinou
a trilhar o caminho rubro negro, como já citei aqui por diversas vezes.
O que sempre
admirei no Carlinhos, era a sua simplicidade. Aliás, é a sua simplicidade. Ao
encerrar a carreira de jogador, tornou-se funcionário do Clube, e sempre que
necessário, atendia aos dirigentes quando solicitado para assumir o comando do
time principal (efeito tampão), sendo o "apagador de incêndios" por 7
vezes; e
conhecedor que era, dos chamados "pratas da casa", sempre
optou por dar-lhes oportunidades e essa, no meu entendimento, sempre foi uma
das maiores virtudes dele, tornando-o o técnico mais VENCEDOR do FLAMENGO.
Outra
qualidade do Carlinhos: Não queria aparecer, NUNCA !!! Após as conquistas sob o
seu comando, era o primeiro a descer as escadas com destino ao vestiário. Ele
dizia que a festa era dos jogadores. Alguém lembra-se desse detalhe ???
O tema
"técnico" vem exatamente na semana em que temos o Jorginho assumindo
essa função no nosso Clube. Que ele se espelhe no Carlinhos, e que consiga dar
ao nosso time uma padrão de jogo digno de um TIME GRANDE, aliás, ENORME, que é
o nosso amado FLAMENGO. O meu desejo é que o Jorginho aja com simplicidade, que não invente, que
coloque um "time pra frente", pois jogadores hábeis para isso, temos.
No mais,
resta-nos TORCER ... TORCER ... E TORCER !!! para o sucesso do Jorginho à
frente do nosso MENGÃO, que tenha uma carreira vitoriosa, escrevendo seu nome
na história do MAIS QUERIDO, ao lado do Carlinhos, com uma carreira brilhante,
de técnicos do FLAMENGO.
Abraços a
todos e SRN.