Salve Flaeternos e povo funesto que não soube escolher seu time, mas que
eu considero devido ao principio da piedade.
O ano não foi aquela maravilha, mas passou longe de
ser a tragédia que infelizmente muita gente a nós desejava. Ganhamos, perdemos, empatamos,
houve momentos em que o tudo parecia confuso, mas não nos abatemos, seguimos em
frente. Fomos adiante amparados no conceito máximo do futebol, o toque de bola. E
para que essa troca de passes fosse possível, vocês leitores do Flaeterno e os
que me acompanharam no Face se fizeram
presentes. Foram parceiros, companheiros de equipe.
Uma galera guerreira e vitoriosa
que construímos em 2014, muitos vieram, poucos saíram, mas todos marcaram. Nos
momentos que foi preciso jogar na neve, no frio, na frialdade inevitável a todo
ser vivo pensante que constantemente está em contato com a sociedade vocês
foram nossa árvore seca. Não pensem que ser árvore seca é uma ofensa. Ser uma
árvore murcha e sem folhas no inverno é sinônimo de sabedoria, pois o vegetal
provido da máxima sapiência (que algum ser nada sapiente atribuiu apenas aos
homens) nos momentos frígidos, quando a brisa gelada castiga suas folhas e
frutos, aprende a mais bela de todas as virtudes, a humildade. E por todo o
inverno abre mão da beleza, das folhas, dos frutos, frondosos, ganha uma
aparência de quase morte, se fecha e é tida por muitos como um caso perdido.
Ledo engano. Enquanto o frio a penitenciava a pobre árvore vivia para dentro,
abrindo mão da vaidade e se alimentando apenas daquela seiva presa a raiz que
fora acumulada nos tempos de fartura para chegada a primavera enfim se tornar a
mais deslumbrante, extasiante, frondosa de todo o bosque. E vocês, meus amigos
leitores, foram tão importantes quanto o aprendizado da árvore e tão essenciais
quanto à seiva quando precisemos. Todos vocês, até mesmo os que apenas liam,
não comentavam, mas apenas curtiam ou davam leves sorrisos.
Sorrisos. Acho que foi o que mais fizemos nesse ano que brevemente
nos mostrará sua efemeridade. Sorri porque contrariei o paradoxo da lógica
ilógica de seres racionais irracionais de não conseguir um diálogo, uma amizade
com aqueles que escolheram pensar um pouco diferente de nós. Aprendemos que em
nossa paixão maior, o futebol, meus amigos podem sim estar do lado de lá torcendo
pelo tropeço do meu time, enquanto ao meu lado na arquibancada pode estar um
ser inútil que seria incapaz de me estender a mão.
Beijão em todos os amigos de mais tempo e todos tiveram sua
contribuição para o aprendizado desse blogueiro imbecil que por vezes escreve
coisas por muitos indecifráveis propositalmente, só para ter o prazer de ouvir
que se esforçaram para compreender a mensagem.
A todos que fortaleceram lendo, apoiando, presenteando,
abraçando, chorando, aconselhando, enfim, vivendo ao meu lado deixo meu sincero
muitíssimo obrigado e vos desejo tudo de bom e uma pitada de sorte, porque sem
ela nada de bom acontece.
Felicidades a todos vocês, até mesmo a quem a fé impede de
comemorar a data. Porque é um dia de feriado universal e rever a família, os
amigos, e toda aquela gente chata que amamos são tudo de bom.
Um Feliz Ano Novo!
São os votos do rubro-negro mais pentelho do mundo, mas que
sabe reconhecer o valor de quem fez meu ano valer a pena. Até 2015, se Deus
quiser.
SORRIA, VOCÊ É RUBRO-NEGRO!
IMPRENSA VENDIDA PRA SP